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Cultura

MAMAM ABRIGA EXPOSIÇÕES DE DANIEL SANTIAGO, ANTHONY MCCALL E SUELY RONIK
18:11 Terça-feira, 13 de Setembro de 2011

Embora distintas, as obras convergem para um mesmo tema: a participação do público para o acontecimento da arte

Dentro da programação do SPA das Artes 2011, realizado pela Prefeitura do Recife, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam inaugura nesta quarta-feira (14), às 19h, três exposições: “Eflúvios Artificiais de Mulheres Abstratas”, de Daniel Santiago; “Anthony MCcall”, de Anthony MCcall e “Arquivo para uma obra-acontecimento”, de Suely Rolnik . Os detalhes de cada uma foram apresentados à imprensa na manhã desta terça (13), pelos artistas, curadores e a diretora do Mamam e coordenadora do SPA das Artes, Beth da Mata.
 
“A escolha dos trabalhos para esta exposição foi pensada não só para complementar a programação do SPA, mas pela natureza das obras que é formatada pela participação do espectador e fruição. São obras fascinantes, marcantes e permanecem no Museu até 20 de novembro”,
comenta Beth da Mata.
 
Eflúvios Artificiais de Mulheres Abstratas, do pernambucano Daniel Santiago e com curadoria do Grupo Pesquisas e Interações Artísticas (PIA), é um trabalho atual, mas contém elementos presentes em toda a trajetória do artista. A mostra é composta por fotografias de dez personagens femininas marcantes da literatura, além de uma mesa com diversas fragrâncias (os eflúvios) que remetem a essas mulheres abstratas.
 
A materialização dessas personagens acontece, em parte, através das fotografias, produzidas por dez artistas convidados (e suas respectivas Mulheres Abstratas): Bruno Vieira (Dama das Camélias); Bruno Vilela (Julieta de Romeu); Fernando Peres (Iracema); Fred Jordão (Maria Bonita de Agostin de Lara); Gil Vicente (Lolita); Kilian Glasner (Beatriz de Dante Alighieri); Manoel Veiga (Maria Bethânia de Capiba); Márcio Almeida (Capitu); Paulo Meira (Madame Bovary) e Roberto Botelho (Helena de Tróia).
 
“Temos dez fontes aromáticas muito simples, não há odores sensuais. Mas cada mistura resulta num perfume diferente e especial”, explica Daniel Santiago. “E não é que eu seja machista, mas não recomendo que as mulheres experimentem dessas fragrâncias”, brinca ele.
 
Tais imagens são acompanhadas por textos que dialogam com a experimentação dos eflúvios criados a partir da combinação de ingredientes dispostos em um suporte no centro da sala. Juntos, esses elementos possibilitarão narrativas sobre as personagens abstratas, que se encontram imaginadas e subjetivas. Assim, cada um, público e artistas, estão convidados a criar e recriar, através da experiência sensorial, essas presenças femininas. As misturas de essências, definidas por Daniel Santiago, serão efetuadas pelo visitante em seu contato sensorial com as Mulheres Abstratas.
 
Na mostra de Anthony McCall, além de, Line Describing a Cone 2.0, a nova versão digital de um filme feito em 16mm, em 1973,  e que foi mostrada na Tate Gallery em 2010, serão exibidos “Earthwork (1972)”, “Landscape for Fire (1972)” e “Landscapes for White Squares (1972)”. As duas Landscapes são performances de durações estendidas que se relacionam com o seu projeto Ambient Light de transformação do espaço com a luz.
 
Esta exposição foi realizada no Recife em maio e junho, na Galeria B³, que apoia projetos de criação de obras de arte interativas ou transmidiáticas, e que agora atualiza o trabalho para o Spa das Artes. Durante a exposição será publicada uma entrevista inédita com o artista realizada pela B³.
 
Já a mostra Arquivo para uma obra-acontecimento, de Suelly Ronilk, traz ao público uma reflexão sobre a produção das artes plásticas nas décadas de 60 e 70, ao mesmo tempo em que remete à discussão sobre a relação direta do espectador com a realização da arte. Tal análise torna-se possível por meio dos vídeos, entrevistas e catálogos a respeito da trajetória e obra da artista Lygia Clark, criadora de diversos trabalhos os quais envolviam a participação do público, os Objetos Relacionais, como ela chamava.
 
A exposição foi concebida como uma das respostas possíveis a esse desafio: uma produção de memória a partir da convocação das sensações experimentadas nas proposições de Lygia Clark, em seu contexto cultural ou no convívio com a artista, buscando fazê-las pulsar no corpo das palavras dos entrevistados. “Não gosto de arte que é criada com intenção de ser glamourosa. As obras de Lygia eram o inverso disso, eram despretensiosas. Os vídeos que serão apresentados aqui transmitem a essência de tudo que ela fez”, afirma Suely Solnik.
 
Múltiplas e heterogêneas, estas vozes contribuem para restituir à obra de Lygia Clark sua potência inquietante e inovadora: tornar vivos seus efeitos na época em que foram pensadas, promovendo novos efeitos em nossa atualidade. Cabe a você encontrar as vozes que mais lhe permitam contagiar-se por esta força.
 
Confira aqui mais sobre as obras, artistas e curadorias.
 
Serviço:
Abertura das Exposições
Arquivo para uma obra-acontecimento
Anthony McCall
Eflúvios Artificiais de Mulheres Abstratas
 
Quando: quarta-feira (14)
Hora: 19hOnde: Mamam
Rua da Aurora, 265 - Boa Vista
Fone: 81 3355-6870 | 3355-6871 | 3355-6872

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