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Cultura

RECIFE FAZ O MELHOR SÃO JOÃO DO PAÍS

O São João do Recife 2008 consolidou-se como o melhor e mais autêntico do Brasil, valorizando a cultura que está entranhada nas nossas raízes numa grande festa onde a tradição e a diversidade de ritmos tomaram conta da cidade. A festa começou no dia 7 de junho homenageando três nomes significativos para a cultura nordestina, especialmente a junina: Dominguinhos, Zé Bicudo e Trio Nordestino. O investimento foi de R$ 3.960.000 contando com verba pública e de nove patrocinadores.

Nos cinco pólos oficiais (Sítio Trindade, Praça do Arsenal da Marinha, Pátio de São Pedro, Rua Tomazina (Bairro do Recife) e Colônia Z1 de Pescadores, no Pina), nos 12 pólos comunitários apoiados pela Prefeitura e ainda nos locais onde aconteceram as eliminatórias do Concurso de Quadrilhas, até o dia 24 de junho, passaram mais de 900 mil pessoas de todas as idades. Nos palcos montados pela Prefeitura do Recife, 340 grupos e artistas se apresentaram, fazendo um total de 360 shows. E a festa ainda não acabou, segue até o dia 29 de junho.

Xaxado, xote, baião, coco-de-roda, ciranda, forró, fogueiras, adivinhações, simpatias, comidas típicas, quadrilhas e crenças populares transformaram o clima urbano com um espírito interiorano. Os espaços eram para toda a família, onde encontra-se um gostinho de infância traduzida nas tradições. Teve cidade cenográfica no Sítio da Trindade, com direito a igreja, delegacia, coreto e sala de reboco, comida junina, parque de diversão e palhoça.

No Arsenal, espetáculos de mamulengos para a criançada no meio da praça, quadrilha tradicional para quem quisesse dançar, os grandes nomes da nossa terra e o autêntico forró pé-de-serra. O Pátio de São Pedro, que já traz um cenário apropriado, com seu casario antigo e uma das mais belas igrejas da cidade, a de São Pedro dos Clérigos, vestiu-se de bandeirinhas e, ao som das sanfonas, zabumbas, pandeiros e triângulos transformou-se num grande salão onde o arrasta-pé rolou solto. A Rua Tomazina reuniu a turma jovem da cidade numa mistura de ritmos onde o tradicional encontrou-se com o contemporâneo.

Mais uma vez, o Concurso de Quadrilhas deu show de originalidade e participação. A descentralização foi a principal marca. As eliminatórias aconteceram nas 6 RPA's da cidade, lotando as arquibancadas com público variado e torcidas organizadas, levando a beleza dos grupos matutos para todos os cantos da cidade. No total, concorreram nas eliminatórias 66 quadrilhas adultas, sendo 24 do grupo I e 42 do grupo II e 16 infantis.

Preocupada em resgatar e dar continuidade a cultura da sanfona, a Prefeitura do Recife contemplou em sua programação sanfoneiros de grande talento como Biu dos 8 baixos, Zé Carlos, Fogoió, Zé dos 8 baixos e Truvinca, que tocaram pela primeira vez no Recife em grandes palcos. A Prefeitura do Recife preocupou-se também com a formação de público na cidade. Por isso, realizou as Jornadas Gonzagueanas e Jacksoneanas que, de 16 a 20 de junho, levou à Livraria Cultura, estudiosos e artistas para discutir a obra de dois ícones da nossa cultura: Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Difundir a música junina, foi outra preocupação que pôde ser refletida no curso de Sanfona de 8 Baixos, ministrado por Luizinho Calixto, e no projeto Tem Sanfona na Sala de Aula que levou a escolas públicas e particulares os mestres Camarão, Genaro, Arlindo dos 8 Baixos e Zé Bicudo para aulas sobre o assunto.

A religiosidade e intensa participação popular nos ritos litúrgicos levou às ruas de Casa Amarela mais de duas mil pessoas que saíram do Morro da Conceição em direção ao Sítio da Trindade, louvando os santos juninos São João, São José, Santo Antônio, São Pedro, Santa Isabel e Sant'Ana. A Procissão dos Santos foi acompanhada ainda pelas tradicionais bandinhas e grupos típicos com suas bandeiras.

O circuito de forró e repente pelos mercados públicos do Recife, freqüentados por turistas ansiosos em conhecer a culinária e a cultura recifenses, também foi um sucesso e destaque na mídia nacional. Mais de vinte trios pé-de-serra, repentistas, bandas de forró e quadrilhas se revezaram ao longo do dia mostrando aos visitantes o autêntico ritmo pernambucano, criando uma atmosfera interiorana, típica da tradição das feiras livres e mercados populares do Sertão e do Agreste, onde repentistas e forrozeiros animam os freqüentadores.

Às ruas do centro do Recife, o Quadrilhão levou 2 mil pessoas, componentes de 30 quadrilhas juninas adultas e infantis e o projeto Na pisada dos Bacamarteiros, levou 150 homens com seus bacamartes, vindos da Zona da Mata Norte e Agreste. O som de 100 sanfoneiros tocando para milhares de pessoas pelas ruas do Recife Antigo durante a Caminhada do Forró provou que a cidade abriga a tradição do São João.

Além da música, outras linguagens também tiveram espaço na programação. A literatura esteve presente com os lançamentos do ensaio Baião do Mundo, do jornalista e escritor José teles, da coletânea Recife conta o São João, que reuniu obras juninas de 13 contistas e dos cordéis juninos. Na área das artes visuais, houve a exposição sobre os homenageados, na Casa do Carnaval, e a mostra Respeite os 8 baixos, na cidade matura do Sítio Trindade, que contou com nove sanfonas já usadas por sanfoneiros consagrados. O Audiovisual também teve vez. Na cidade matuta foi montado o Cine Seu João, onde foram projetados documentários sobre o ciclo junino, com entrada gratuita.

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