Os usuários e usuárias dos programas sociais da Secretaria de Assistência Social do Recife terão, nesta sexta-feira, a oportunidade de ter mais contato com a cultura. Amanhã será lançado o projeto Cultura e Cidadania, que tem como objetivo proporcionar novas vivências às pessoas e grupos participantes dos serviços e programas assistenciais. O evento acontecerá no Teatro do Parque, a partir das 14h e já no lançamento será exibida a obra teatral de Martha Medeiros intitulada ‘Caetana’, com as atrizes Lívia Falcão e Fabiana Pirro. A solenidade contará com a presença da secretária Karla Menezes e outras autoridades.

De acordo com Karla Menezes, o projeto pretende contribuir com a ampliação do universo informacional das famílias e possibilitar o acesso à cultura, constituindo um espaço de convivência entre todas as idades e de formação para a participação e cidadania. “Queremos promover o acesso à cultura como forma de inclusão social. Essas pessoas terão a oportunidade de vivenciar eventos que na maioria das vezes tornam-se inacessíveis para a maioria delas”, disse. A expectativa é que um público de 800 pessoas compareça ao teatro.

As atividades do projeto acontecerão a cada dois meses com exibições de paças teatrais e realização de atividades culturais com temáticas referentes aos direitos socioassistenciais, bem como sobre as experiências de vida deste público e seu cotidiano. O público-alvo será os usuários e usuárias do Programa Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada, as crianças e adolescentes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), do Programa Projovem Adolescente, usuários (as) das casas de acolhida temporária do Iasc, a população em situação de rua e as pessoas idosas das comunidades do Recife.

Caetana - Poética forma de denominar a morte, inspiração armorialista utilizada pelo dramaturgo Ariano Suassuna em suas obras e poemas. A encenação resgata elementos do teatro das tradições populares e os transforma em linguagens renovadas de contemporaneidade. Na peça, Benta, uma rezadeira que, depois de indicar o caminho do além para várias almas perdidas, se vê diante de seu próprio encontro com a Caetana, a morte. Chegando ao Reino do Invisível, Benta reencontra as almas anteriormente encomendadas por ela que aparecem em forma de bonecos.

Caetana é um espetáculo experimental que renova-se a cada encontro com o espectador, que fala nas imagens, nas palavras, nos sons e no imaginário, a linguagem poética do humano, o Nordeste renovado na cena. A cenografia propõe a autonomia de mobilidade, utilizando uma “máquina teatral” circense, escultura férrea desmontável e de fácil transporte. A trilha musical do espetáculo, composta pelo português Narciso Fernandes, é pontuada por uma partitura que reúne elementos de diferentes sonoridades da música ibérica e nordestina.

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