A diva da música brasileira fez um show impecável, que deixou a audiência encantada. A noite, que contou com a presença da primeira-dama do Recife, Marília Bezerra; do vice-prefeito Milton Coelho; do secretário de Cultura Renato L; do prefeito de Olinda, Renildo Calheiros e do presidente da Câmara dos Vereadores, Múcio Magalhães, além diversas autoridades, artistas e personalidades convidadas. Também estava presente a atriz pernambucana Geninha da Rosa Borges e ainda Nathalia Timberg e Rosamaria Murtinho, que nos próximos dias 20 e 21 encenam a peça “Sopros de Vida”, no mesmo palco.

Bibi declarou-se imensamente feliz com o convite da Prefeitura do Recife para cantar na programação de 160 anos do Teatro de Santa Isabel. “Fico muito honrada em fazer parte das comemorações, principalmente por poder cantar acompanhada da Orquestra Sinfônica do Recife. Este teatro faz parte da minha história, pois já me apresentei aqui sozinha, e a primeira vez, foi em companhia de meu pai Procópio Ferreira”, lembrou.

Bibi começou com “Carinhoso”, de Pixinguinha e o repertório seguiu com uma curiosa fusão da letra de “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, com a melodia de “Samba de uma nota só”, de Tom Jobim. Depois um animado samba de breque, “Minha Palhoça”, de J. Cascata. Bibi ainda recitou um solilóquio de “A Gota D`Água”de Chico Buarque, e declarou que em sua opinião esta seria a maior obra do teatro brasileiro. Antes de iniciar o momento dos fatos de Amália Rodrigues, comentou de como o sotaque do português é diferente do brasileiro, assim como o do espanhol soa estranho para o argentino.

Após o momento luso, a platéia ouviu “Não tem tradução” e “Conversa de Botequim”, ambas de Noel Rosa. Sobre a música em que o folgado freguês vai logo pedindo “uma boa média que não seja requentada”, a atriz-cantora revelou que era a primeira vez que a cantava em público. Na sequencia, antes de iniciar o bloco em que canta composições que ficaram famosas na voz de Piaf, Bibi brincou dizendo que “há 27 anos vivo à custa dela” o que provocou risos na platéia. Como sempre, impressionou o público com o seu praticamente nativo acento francês em “La vie em rose”, “Je Ne Regrette Rien”, “Cest si bon”.

Mas o momento que esquentou o coração dos recifenses, Bibi deixou para o final: a diva presenteou e surpreendeu o público com nada menos do que “Recife, Cidade Lendária”, do saudoso mestre Capiba, arrancando, merecidamente, uma calorosa salva de palmas.

Bibi Ferreira faz outra apresentação nesta quarta-feira (19), no Teatro de Santa Isabel. Os ingressos custam R$20 e R$10 (meia-entrada).

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