A produção intelectual de um dos mais atuantes abolicionistas do fim do século XIX foi debatida

Por Jaciana Sobrinho

Para aproximar mais o público e ajudar a conhecer o trabalho de Joaquim Nabuco, o Festival Recifense de Literatura promoveu, na tarde desta segunda-feira (23), no auditório da Livraria Cultura, a palestra “A Letra e a Voz de Joaquim Nabuco”. Mediada pela historiadora Rita de Cássia, a explanação de Anco Márcio apresentou fatos da trajetória e as ideias do pensador recifense, que defendia, além de uma monarquia federativa, o sistema representativo democrático.

“Seus pensamentos tinham cunho político e diplomático. Suas ideias continuam sendo importantes para refletirmos sobre a atualidade, a exemplo da ocupação da Amazônia” afirma Anco Márcio. Em sua palestra, ele leu trechos dos escritos de Joaquim Nabuco remetidos a Graça Aranha e discutiu com o público a força da produção intelectual de Nabuco.

Joaquim Nabuco – Nascido no Recife, em 1849, foi pensador, também diplomata e jurista. Faleceu em 1910, deixando intensa produção sobre História Política, como a obra “Um Estadista do Império”.

Anco Márcio Tenório Vieira - Doutor em Literatura Brasileira, é professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE (PPGL) e editor da revista Investigações, do mesmo PPGL. É autor de “Luiz Marinho: o Sábado que Não Entardece” (FCCR, 2004) e “Adultérios, Biombos e Demônios” (ensaios sobre literatura, teatro e cinema) (PPGL, 2009). Foi gerente-assistente do Instituto de Documentação (INDOC) da Fundaj (1994-1997; 2000-2002). No momento, vem concluindo a organização da correspondência ativa e passiva entre Joaquim Nabuco e Graça Aranha (1890-1910) e a organização do Teatro Completo de Luiz Marinho.

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