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Cultura

RUA DA MOEDA É PALCO DE SOM UNIVERSAL E SEM PRECONCEITOS
12:40 Segunda-feira, 27 de Dezembro de 2010

As bandas Eta Carinae e N’Zambi apresentaram shows onde a música eletrônica e o reggae deram o tom
 
Por Leonardo Vila Nova

Dando continuação aos shows apresentados na programação do Ciclo Natalino da Prefeitura do Recife, mais duas bandas subiram ao palco da Rua da Moeda, neste domingo (26), mostrando que rótulos e nomenclaturas nada valem quando se apresenta um som plural, que agrada ao público, primando pela qualidade. Foi o que mostraram Eta Carinae e N’Zambi, dois grupos que já estão há um bom tempo na estrada. Cada uma com seu estilo, mas tendo como diferencial do seu trabalho a originalidade.

Com oito anos de formação, a Eta Carinae mandou ver com um som que aliou a potência da música de caráter eletrônico ao ritmo de um som mais orgânico. Urbano e cosmopolita, mas com raízes fincadas num sempre tradicional sotaque nordestino, a banda mostrou boa parte do repertório baseado no seu segundo disco, Novos Sons e Tradições Mudernizadas, que já está disponível na internet e chega às lojas ainda em janeiro. Guitarras, samplers são a ferramenta que constrói um som onde o baião, assim como o eletro-rock, são matéria-prima para o mesmo objetivo: fazer o público se divertir.

Tudo isso é resultado, segundo Dirceu Melo, fundador da banda, dos anos de estrada por todo o Brasil e pelo mundo afora. “Em turnês nacionais e internacionais, a gente já passou por vários lugares, conhecemos culturas das mais diversas. E isso tudo acaba, inevitavelmente, se agregando ao que a gente procura fazer, o que permite que a gente tenha um bom trânsito e se encaixe bem em qualquer circuito”, definiu Dirceu, que também apontou o entrosamento da banda como um dos fatores decisivos para o som que fazem.

Com a Rua da Moeda já tomada por uma multidão, quem deu continuidade à programação foi a banda de reggae N’Zambi. Mas, N’Zambi não é uma simples banda de reggae. Sofisticação e ousadia musical é o que melhor define esse grupo que veio diretamente do bairro da Várzea para mostrar um som que não se limita a transitar pelas referências da música jamaicana. No som da N’Zambi é possível se perceber elementos da salsa, da música africana, do blues e do jazz. Intencional ou não, o fato é que a banda dá uma nova roupagem para o reggae, nunca antes vista.

“A gente procura fazer um reggae se baseando também no que a gente escuta além do reggae. E isso acaba se refletindo no som da gente. Seja nos arranjos, na nossa mensagem. Eu não saberia dizer em qual categoria a gente se encaixa, mas eu diria que a gente faz um reggae que procura trabalhar dentro de um conceito não de fusão com outros ritmos, mas que traz influências naturais do que está ao nosso redor”, explica George de Souza, vocalista e guitarrista da banda. No repertório, as canções do disco Kaya, mas se Oriente, vencedor do prêmio Acimpe 20101, na categoria “Melhor Disco de Reggae”.

E o que se viu foi uma banda de primeira categoria, com arranjos impressionantes – destaque para o naipe de metais, composto por Marquinhos Nazaré (sax), Márcio Oliveira (trompete) e Deco (trombone) –, acompanhada por um público que cantava absolutamente todas as músicas. Ao final do show, George saldou ao público, à Várzea e a todos os que contribuíram para que, ao longo de sete anos de estrada, N’Zambi se tornasse uma das mais importantes bandas do Estado, ou, até mesmo, do Brasil.

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