Cerca de 100 crianças de três escolas municipais do Recife visitaram na manhã desta quarta-feira (03), o Espaço Ciência, em Olinda. A atividade faz parte da programação da Semana de Meio Ambiente elaborada pela Prefeitura do Recife para chamar atenção da população sobre as mudanças do clima e a necessidade da participação de todos na preservação da vida. As crianças, com idades entre 7 e 13 anos que participaram da atividade dessa manhã, aprenderam brincando como cuidar melhor da nossa cidade e do meio ambiente.

“Esse efeito estufa faz muito mal para gente mesmo, não é?”, perguntou curioso Jonathas Melo, aluno da Escola Santo Antônio do Caçote, localizada em Areias, ao assistir o experimento que simula o efeito na área externa do Espaço Ciência. A turma do garoto de nove anos parece compreender bem a necessidade de mudança nos hábitos para conter o aquecimento global. “A gente não pode jogar lixo nem na rua nem nos rios”, gritou Thaís Cristina, 10 anos, quando perguntada sobre o que a gente pode fazer para ajudar o meio ambiente. “Muito lixo também pode trazer dengue”, completou Juliana Marília, que tem a mesma idade. E entre gargalhadas e brincadeiras, foram surgindo mais dicas. “A gente tem que fazer reciclagem e economizar água”, lembrou Jonathas.

As respostas das crianças e o envolvimento com o tema é o resultado do trabalho que uma equipe de 15 profissionais do Programa de Saúde Ambiental começou a fazer desde segunda-feira (01), em três escolas municipais, todas localizadas no Distrito Sanitário V. Além da Santo Antônio do Caçote, em Areias, foram contempladas as escolas Edith Braga, em Afogados, e a Antônio Correia, no Barro. Durante dois dias, todos os alunos das escolas trabalharam o meio ambiente e, principalmente, a reciclagem. “Eles ficaram impressionados como o lixo orgânico pode virar adubo e nutriente para as plantas”, conta a professora Almerinda Nascimento.

Os pequenos também aprenderam a confeccionar brinquedos e jogos com materiais que normalmente iriam para o lixo. “Eu fiz um robô gigante com garrafas pet, cabe até o meu irmão pequeno dentro”, disse orgulhoso Lucas Ferreira, que levou a brincadeira para dentro de casa. “Também fizemos uma capacitação com os professores para que as atividades não terminem por aí”, afirmou a coordenadora da ação, Maria Silvana, supervisora do Programa de Saúde Ambiental. As atividades também abordaram a Leptospirose, doença que tem um aumento significativo na cidade na época das chuvas.

Além de observarem diversos experimentos, como o que simula o efeito estufa, os alunos aproveitaram outras atividades que o Espaço Ciência oferece. Fizeram trilhas ecológicas, visitaram o oceanário e assistiram palestra teatral sobre a água.

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