Em “O leitor fingido” o autor inverte papéis e se coloca na posição do leitor

Kellen Lima

Bem humorado e de sorriso largo, Flávio Carneiro lançou, neste sábado (28), na Livraria Cultura, o livro O leitor fingido (Ed. Rocco). A tarde de autógrafos foi realizada logo após o curso “Viver de Literatura”, ministrado pelo escritor, durante o 8º Festival Recifense de Literatura - A Letra e A Voz, promovido pela Prefeitura do Recife.

Na obra, que trata sobre a relação entre a leitura e a escrita, o autor inverte papéis e se coloca na posição do leitor, de onde passa a analisar o texto a partir de tal ângulo. “Todo escritor se move guiado por um leitor fingido. Você cria um fantasma de leitor que te acompanha quando está escrevendo e, que muitas vezes, é você mesmo”, disse Flávio Carneiro ao explicar o termo que intitula o livro.

Dividido em duas partes, o autor transcende a palavra escrita e aborda outras linguagens, como a cinematográfica e se inspira, por exemplo, no escritor francês Émile Faguet, o qual afirma que há diversa formas de ler. “O livro é uma homenagem ao leitor. É um livro escrito por um leitor para um leitor”, afirmou Carneiro.

Sobre Flávio Carneiro - escritor, crítico literário, roteirista e professor de literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ele nasceu em Goiânia e está radicado no Rio de Janeiro desde a década de 80. Premiado diversas vezes, inclusive com o Prêmio Jabuti, ele publicou treze livros e escreveu dois roteiros para cinema.

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