No último dia do evento, o público conferiu performances poéticas e o show da banda udigrudi

Depois de uma semana de atividades intensas, que movimentaram o Recife em torno do tema Literatura, o Festival A Letra e a Voz se despediu do público com um domingo (29) cheio de emoção. Na Praça do Arsenal, editores, escritores, livreiros, estudiosos e poetas se encontravam e trocava idéias por entre as 30 bancas destinadas a livros, revistas e jornais de diversas vertentes literárias.

A criançada também participou das atividades lúdicas enquanto os pais mergulhavam nas muitas possibilidades de compra e até de troca de publicações. O pequeno Jefferson Barbosa, de 5 anos, passeava com a mãe por entre os estandes e parecia bastante interessado em algumas publicações. “Eu trouxe meu filho mais novo porque acho que a leitura é muito importante para a educação das crianças. Queria que meus pais tivessem me estimulado, mas faço isso com meu filho”, conta a mãe do menino, a vendedora Etienne dos Santos Barbosa, de 29 anos.

A finalíssima da Recitata aconteceu em clima de disputa de versos e de torcidas organizadas. Dos 60 poetas concorrentes, dez ficaram para a decisão final, que aconteceu a partir das 17h, na Torre Malakoff, Bairro do Recife. Os finalistas disputavam os primeiro, segundo, terceiro e quarto lugares, com prêmios de R$2,5 mil, R$2 mil, R$1 mil e R$500, respectivamente. Quem esteve presente no evento foi o secretário de Cultura, Renato L; a diretora de Desenvolvimento e Descentralização Cultural, Luciana Veras; a gerente de Literatura e Editoração da PCR, Heloisa Arcoverde; além dos dois homenageados do evento, o livreiro Tarcísio Pereira e o poeta Ronaldo Correia de Brito.

Depois de uma acirrada disputa de versos que contaram até mesmo com performances que envolveram desde o cozimento ao vivo e in loco de um macarrão do tipo lámen a um verdadeiro “estica e puxa” com cordas, o primeiro lugar ficou com Thiago do Nascimento, seguido de Wellington de Mello, que ficou com o segundo lugar. Na terceira posição ficou a dupla Anaíra Galvão e Luciana de Oliveira, ficando o quarto lugar com o poeta Biagio Pecorelli Filho.

70’s no ar – E para colocar o ponto final na maratona das letras, a organização do Festival convidou a banda Ave Sangria, que do alto dos seus 38 anos de vôo, fez uma apresentação que certamente vai ficar na lembrança de quem foi conferir o que Marco Polo, Almir de Oliveira e sua turma podem fazer.

Como se o tempo tivesse retrocedido, a Ave Sangria pousou de frente a um empolgadíssimo público de cerca de 20 anos – gente que não estava nem sonhando em nascer quando a banda deu os seus primeiros trinados. O público, que lotou a arena da Torre Malakoff, sabia as letras de cor e cantou em uníssono clássicos como Seu Waldir, O Pirata e Lá Fora.

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