Campanha conta com a mobilização de mais de 30 instituições parceiras
 
Por Tádzio Estevam
 
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) deu início, nesta sexta-feira (10), à campanha nacional contra o racismo a crianças e adolescentes intitulada “Por uma infância e adolescência sem racismo – Valorizar as diferenças na infância é cultivar igualdades”. A solenidade aconteceu na sede da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB/PE), localizada no bairro de Santo Antônio, centro da Cidade, e contou com a presença do secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, que na ocasião representou o prefeito em exercício, Milton Coelho, e os secretários de saúde dos municípios que compõem a Região Metropolitana.
 
“Venho aqui saudar e parabenizar a UNICEF, a OAB e todos os parceiros envolvidos pela iniciativa e dizer que a Prefeitura do Recife se coloca à disposição no que se refere aos esforços no combate ao racismo infantil. Sabemos o quanto é importante incorporar a cidadania sem distinção de cor. E essa é uma das características mais fortes da PCR por meio da execução de políticas públicas definidas pela participação popular, uma agregação de forças. Trabalhamos para aproximar o que a gente diz do que a gente faz”, disse o secretário.
 
O presidente da OAB/PE, Henrique Mariano, também compartilhou da importância da iniciativa.  “Parabenizo a UNICEF pela campanha. Recentemente fui procurado por eles para conhecer esse importante programa. Esse é um tema tão importante que fica difícil mensurar a alegria de sediá-lo. A OAB/PE é uma instituição que não representa apenas os advogados, e sim, os interesses da população, principalmente no que se refere à cidadania”, comentou.
 
Durante o lançamento da campanha, num auditório lotado, cerca de 60 crianças e adolescentes participaram do evento, tecendo seus pontos de vista sobre o racismo e as ações que podem ser realizadas para a garantia da igualdade entre todos. Até a pequena Jamile Silva, integrante de um grupo de maracatu Ilê Axé Oxalá Talabi, do município de Paulista, chamou a atenção dos presentes para falar sobre o racismo. “Há dois meses minha mãe me perguntou se eu queria participar do maracatu. Eu aceitei, e quando meus amigos da escola souberam, não compreenderam a minha decisão e tiveram preconceito. Eu disse a eles que eles devem me respeitar. Não vou aceitar esse tipo de discriminação”.
 
A campanha nacional conta com a mobilização de mais de 30 instituições parceiras cujas atividades são firmadas no combate às desigualdades raciais e sociais no Estado. Foram discutidas ações e experiências para eliminar atitudes discriminatórias e colaborar para a afirmação das identidades das crianças e dos adolescentes indígenas, negros, ciganos, brancos e outros. A ação começou no dia 29 de Novembro, em Brasília, e tem como objetivo alertar a sociedade sobre o impacto do racismo na vida de milhões de crianças e adolescentes brasileiros e promover iniciativas de redução das disparidades, aumentando a valorização da diversidade étnico-racial.
 
Fizeram parte da mesa o coordenador do UNICEF em Pernambuco, Salvador Soler; representantes do Ministério Público, Prefeitura do Recife, Ordem dos Advogados/PE, Governo do Estado de Pernambuco, Movimento Nacional de Direitos Humanos/PE, Articulação Negra de Pernambuco e Povo Indígena Xucuru.

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