Vermelhidão, lacrimejamento, pálpebras inchadas, aversão à luz e sensação de corpo estranho nos olhos. Esses são os primeiros sinais da conjuntivite viral, doença caracterizada pela inflamação na conjuntiva (membrana fina conhecida popularmente como “branco do olho”). Devido ao aumento de casos da doença, que vem se caracterizando como um surto, a Prefeitura do Recife aproveita o momento para divulgar junto à população algumas medidas de prevenção e controle.

A direção das creches, escolas e asilos devem enfatizar a orientação quanto à higiene pessoal. Entre as principais recomendações, estão lavar as mãos freqüentemente, usar lenços descartáveis, jogar fora cada lenço após a primeira utilização, trocar a fronha dos travesseiros e determinar o uso individual de toalhas, fronhas, maquiagens para os olhos e utilização de soluções oftálmicas e outros medicamentos de uso ocular. As pessoas com diagnóstico de conjuntivite viral devem permanecer de repouso em casa, evitando ambientes coletivos, pois o contágio é maior nesses ambientes.

Na última terça (12), a Vigilância Epidemiológica do Recife enviou um comunicado ao Sindicato das Escolas Particulares com informações sobre a doença, modos de transmissão e medidas preventivas, solicitando o repasse do documento aos colégios privados. Os seis distritos sanitários da cidade estão entrando em contato com as escolas da rede pública de ensino para reforçar as orientações.

Visando garantir o atendimento da população da capital usuária do SUS, o município pactou com os hospitais conveniados um acréscimo na cota semanal de atendimento especializado em oftalmologia, passando para 863 consultas. Para quem está com alguma suspeita de conjuntivite, a gestão orienta a recorrer inicialmente às unidades da rede municipal que possuem atendimento 24 horas em clínica médica e pediatria (ver lista das policlínicas e hospitais pediátricos logo abaixo), onde são prestados os primeiros cuidados.

“Se for um caso leve, o paciente é orientado pelo clínico ou pediatra a realizar o tratamento em domicílio com compressas frias de soro fisiológico gelado e limpeza dos olhos com lenços descartáveis, entre outras recomendações. Se houver edema ou secreção purulenta, que se configura numa possível complicação da conjuntivite, a unidade municipal encaminha o nosso usuário para a rede conveniada em busca de atendimento com oftalmologista”, explica Elizabeth Vilar, gerente de Atenção Ambulatorial e Assistência Hospitalar do Recife.´

Segundo ela, a higiene e os cuidados pessoais são a única forma de evitar a disseminação da doença. “Diante da ocorrência de sinais e sintomas da conjuntivite, as pessoas não devem frequentar locais com aglomerações, como escolas, creches e outros ambientes coletivos, e procurar assistência médica mais próxima, evitando a automedicação”, orienta Elizabeth, que também é clínica geral.

Quem quiser mais informações sobre o assunto ou saber qual o centro médico da Prefeitura do Recife fica mais próximo de casa ou trabalho, pode entrar em contato com a Ouvidoria Municipal de Saúde no telefone 0800.281.1520. O serviço funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

Hospitais de pediatria e policlínicas da rede municipal do Recife com serviço de pronto-atendimento em clínica médica:

- Hospital de Pediatria Helena Moura (rua Cônego Barata, s/n, Tamarineira);
- Hospital de Pediatria Maria Cravo Gama (rua do Rosário, s/n, Afogados);
- Policlínica Agamenon Magalhães (avenida Sul, s/n, Afogados – próximo ao Metrô - Estação Largo da Paz);
- Policlínica Dr. Amaury Coutinho (rua Iguatu, s/n, Campina do Barreto);
- Policlínica Professor Arnaldo Marques (avenida Dois Rios, s/n, Ibura de Baixo);
- Policlínica Professor Barros Lima (avenida Norte, 6465, Casa Amarela).

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