Promovida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, a I Marcha dos Direitos Humanos do Recife fez parte das celebrações pelos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A concentração aconteceu na tarde desta quarta-feira (10) e reuniu centenas de representantes da sociedade civil organizada, ONGs e afins, que desfilaram pelas ruas do centro. Dentre eles, 500 jovens representando os 32 núcleos do programa Projovem Urbano, executado pela prefeitura por meio da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer. A concentração foi na rua da Aurora, em Santo Amaro, próximo ao monumento Tortura Nunca Mais. Diversas autoridades prestigiaram o evento, que, antes de seguir seu trajeto, apresentou ao público atrações culturais como: passistas mirins da Escola Municipal de Frevo Maestro Fernando Borges, grupo de break dos Círculos Populares, repentistas Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira e Afoxé Imbegaju. A marcha seguiu pela rua da Aurora, Ponte Princesa Izabel, rua do Sol, avenidas Guararapes e Dantas Barreto, até o pátio do Carmo.
 
Dentre as autoridades federais, o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Perly Cipriano, destacou a importância simbólica deste momento, pelo fato de ser celebrado próximo ao Monumento Tortura Nunca Mais. “Aqui estão representadas pessoas que lutaram por liberdade e democracia no País. O esquecimento da história de um povo é a pior coisa que possa ocorrer, portanto, comemorar a marcha pelos Direitos Humanos é um fato bastante relevante e pertinente”, declarou, confessando que fez questão de estar presente a esta atividade na capital pernambucana.
 
Para a secretária municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, Karla Menezes, a marcha é uma espécie de concisão de todo o trabalho desempenhado pela secretaria, ao longo da gestão João Paulo. “Esta atividade vem a destacar as ações no âmbito dos Direitos Humanos no que é desenvolvido no Recife. Esta união das esferas dos poderes públicos na luta pela garantia constitucional dos Direitos Humanos é uma prova de comprometimento de todos nós”, enfatizou.
 
Durante a concentração, as pessoas demonstravam interesse e empenho em contribuir com uma causa mais do que justa. Membro do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Humanos e Segurança Cidadã, Tony Lima observou a questão da visibilidade. “Nestes 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a população, a sociedade civil organizada e não-organizada têm que conhecer estes direitos, saber como o conselho funciona e também estar atento aos mecanismos de funcionamento destas questões”. Para o coordenador da Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência, o cadeirante Edmilson Silva disse que acha viável a inclusão social. “A marcha se faz importante pela visibilidade, ou seja, este é o momento da efetivação dos Direitos Humanos. Nós, que somos de uma minoria, podemos lutar por direitos e dignidade”, comemorou.

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