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Saúde

TESTE DO PEZINHO É IMPORTANTE PARA TRATAR DOENÇAS GENÉTICAS

Um furinho no calcanhar do bebê e a possibilidade de descobrir e tratar a tempo doenças genéticas graves, como a anemia falciforme, a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito. Eis a importância do teste do pezinho. Obrigatório no Brasil por determinação do Ministério da Saúde, o exame é oferecido gratuitamente desde 2002 nas três maternidades da Prefeitura do Recife: Bandeira Filho (Afogados), Barros Lima (Casa Amarela) e Arnaldo Marques (Ibura). Por isso, os pais e responsáveis precisam estar atentos. Todas as crianças devem se submeter à realização do teste. É um direito do recém-nascido e a garantia de um crescimento saudável.

O exame é coletado a partir do terceiro dia após o nascimento do bebê. Bastante simples, consiste apenas em retirar algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido, uma região rica em vasos sangüíneos. O material é encaminhado para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), integrante da rede de triagem neonatal. Se alguma doença metabólica for detectada, a maternidade em conjunto com o laboratório vai atrás da mãe ou do responsável pelo bebê a fim de prestar as orientações necessárias.

No caso da fenilcetonúria e do hipotireoidismo, a criança é encaminhada para o ambulatório de referência para triagem neonatal no Hospital da Restauração. Já os bebês com anemia falciforme são encaminhados para a Fundação Hemope para acompanhamento. Aqueles que apresentam apenas o traço falciforme – ou seja, possuem o gene sem terem a doença – ficam sob monitoramento dos ambulatórios de hematologia da Prefeitura, que funcionam nas policlínicas Lessa de Andrade (Madalena), Agamenon Magalhães (Afogados) e Albert Sabin (Tamarineira). De 2002 a 2007, a rede municipal realizou 64.195 testes do pezinho nas três maternidades, dos quais 1.820 apresentaram traço falciforme e 37, anemia falciforme. No mesmo período, 1.678 pessoas foram acompanhadas nos ambulatórios de hematologia, sendo 708 recém-nascidos, 248 gestantes e 722 população em geral.

“A implantação do teste do pezinho, bem como da assistência aos usuários de saúde, fazem parte de um conjunto de ações que foram implementadas pela atual gestão da Prefeitura a partir de 2001, com a criação do Programa de Anemia Falciforme e, posteriormente, em 2006, com a instituição da política municipal à saúde da população negra, que incluiu a questão dos afrodescendentes nas políticas públicas do município. Sabemos que os pretos e pardos, que juntos representam 54% dos recifenses, são os principais acometidos pela doença falciforme, que pode comprometer a saúde e a qualidade de vida caso não seja tratada devidamente”, afirma Miranete Arruda, gerente de Atenção à Saúde da População Negra da Prefeitura.

Doença falciforme pode ser identificada no pré-natal

A rede de atenção básica do Recife, que inclui os PSF e postos tradicionais, funciona como porta de entrada para atendimento à população. Nos postos de saúde, são realizados exames para identificação da anemia falciforme, inclusive em adultos. Em 2004, a capital pernambucana foi a primeira cidade brasileira a introduzir a pesquisa da doença no pré-natal para identificar se existem gestantes com hemoglobinas alteradas para anemia falciforme e encaminhar para os serviços de pré-natal de alto risco para um acompanhamento especial.

De 2002 a 2007, o Laboratório Municipal de Saúde da Prefeitura realizou 48.561 exames para pesquisa das variantes da hemoglobina, que identifica a anemia falciforme. Desse total, 3.949 deram resultado positivo (8,13%), sendo 2.901 para traço falciforme, 25 para anemia falciforme e 1.022 para outras alterações dos glóbulos vermelhos.

Nos últimos sete anos, 2.055 profissionais de saúde já foram capacitados pela Secretaria Municipal de Saúde para atender a doença. Próximo dia 23, uma nova leva de cerca de 120 médicos, psicólogos, dentistas, enfermeiros e assistentes sociais serão qualificados para orientar os usuários do SUS sobre a importância do auto-cuidado na doença falciforme. A idéia é incentivar a criação de grupos educativos nas unidades de saúde para discutir o assunto com pacientes.

CONHECENDO MAIS SOBRE O ASSUNTO

O teste do pezinho
É um exame que detecta doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, podendo causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. A coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê. Entre as doenças que podem ser detectadas, as principais são:

Anemia falciforme
Doença genética que altera os glóbulos vermelhos, provocando dor nos ossos, músculos e juntas, palidez, icterícia, úlceras nas pernas e maior tendência a infecções.

Fenilcetonúria
Doença relacionada a uma alteração genética rara que envolve o metabolismo de proteínas. Em geral, quando uma pessoa ingere comidas que contêm proteína, as enzimas quebram estas proteínas em aminoácidos, que são peças que irão formar as proteínas, importantes ao nosso corpo, participando do processo normal de crescimento. Uma pessoa com fenilcetonúria não tem a quantidade normal de uma enzima específica para quebrar o aminoácido fenilalanina. Por isso, qualquer comida que contenha fenilalanina, como carne, ovos e leite, não pode ser digerida corretamente e ela se acumula no organismo, causando problemas no cérebro e em outros órgãos.

Hipotireoidismo congênito
É um distúrbio causado pela produção deficiente de hormônios da tireóide, geralmente devido a um defeito na formação da glândula ou a um problema bioquímico que ocorre na síntese dos hormônios tireoidianos. Os hormônios tireoidianos são fundamentais para o adequado desenvolvimento do sistema nervoso. A sua deficiência pode provocar lesão grave e irreversível, levando ao retardo mental grave. Se instituído bem cedo, o tratamento é eficaz e pode evitar estas seqüelas.

Maternidades do Recife que realizam o teste do pezinho:
Maternidade Barros Lima (avenida Norte, 6.465, Casa Amarela)
Maternidade Bandeira Filho (rua Londrina, s/n, Afogados)
Maternidade Arnaldo Marques (avenida Dois Rios, s/n, Ibura)

Ambulatórios de hematologia da capital:
Centro de Saúde Albert Sabin (rua Padre Roma, 149, Tamarineira)
Policlínica Lessa de Andrade (Estrada dos Remédios, 2.461, Madalena)
Policlínica Agamenon Magalhães (Largo da Paz, s/n, Afogados)

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