A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu na manhã desta terça-feira (25), o Seminário Municipal Viver sem Violência – Direito da Mulher, direcionado para profissionais da rede de saúde no município. A ação, realizada no auditório do Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, faz parte das atividades alusivas ao Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra a Mulher, e contou na mesa de abertura com a presença da secretária de Saúde, Tereza Campos, além da titular da Coordenadoria da Mulher, Juliana César, e da gerente de Atenção à Saúde da Mulher, Benita Spinelli.

“Nosso objetivo é capacitar os trabalhadores que atendem a mulher vítima de violência e que muitas vezes não é recebida da maneira adequada. É fundamental que os profissionais saibam como acolher essa paciente e sabiam identificar se ela sofreu algum tipo de agressão”, afirmou a secretária Tereza Campos. Para a gestora, quando uma mulher procura o serviço de saúde, e informa que foi agredida, é estabelecida uma relação de confiança importante no processo de tratamento físico e psicológico da usuária.

De acordo com a gerente de Atenção à Saúde da Mulher, Benita Spinelli, mais que um dia de luta, o seminário é uma oportunidade de divulgar e sensibilizar os profissionais da rede que trabalham diretamente com essas mulheres. “É um momento de detalhar o programa Nem com uma Flor, que foi implantado pela Prefeitura desde 2001 e atualmente dispõe de diversos equipamentos e serviços para a proteção e tratamento da mulher vítima de violência”, afirmou Benita. Segundo a gerente, a paciente quando chega à unidade de saúde, nem sempre informa que sofreu uma agressão. “Muitas vezes ela chega com sintomas de insônia, depressão, dores nas costas, nesse sentido, a percepção do profissional para observar o quadro geral é fundamental”.

A programação do seminário contou também com a explanação da coordenadora de Prevenção aos Acidentes e Violências do Recife, Carmelita Maia, que abordou a importância da notificação dos casos de violência contra as mulheres atendidas na rede de saúde. “A notificação visa fazer um panorama do número de casos ocorridos, no sentido de direcionar as políticas públicas para a questão. Sabemos que os números registrados não são os reais, pois há ainda muitos preconceitos e medos em informa sobre a agressão. Segundo os dados levantados pelo município, a violência acontece em todas as classes sociais e idades, sendo o principal agressor o cônjuge, ex-cônjuge, ou namorado”, destacou Carmelita. A notificação de casos no Recife tem sido feita desde 2006. Durante o seminário foram distribuídos materiais informativos sobre os serviços oferecidos pela Prefeitura para atender as mulheres vítimas de violência.

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