Na rede municipal do Recife, o tratamento da hanseníase é gratuito e encontra-se disponível nos 111 PSFs e nas policlínicas que são referência para a doença. Entre elas, estão Gouveia de Barros (Boa Vista), Amaury Coutinho (Campina do Barreto), Clementino Fraga (Casa Amarela), Lessa de Andrade (Madalena), Agamenon Magalhães (Afogados), Pina (Pina) e Arnaldo Marques (Ibura).

Entre 2000 e 2007, 9.794 casos novos foram atendidos nas unidades de saúde da Prefeitura, sendo 73% residentes no Recife e 27% de outros municípios. Em 2008, até o mês de agosto, os registros apontam 846 casos novos. No Brasil, são registrados a cada ano 47 mil novos pacientes com hanseníase. A meta do Ministério da Saúde é reduzir os casos.

“Dentre as estratégias para controle da hanseníase no Recife, está a expansão do Programa Saúde da Família. Ano passado, 90% dos nossos PSFs realizaram tratamento de pacientes com hanseníase em suas áreas de cobertura. Cada vez mais, queremos consolidar essa estratégia para assegurar o controle da doença na nossa cidade”, afirma a secretária Tereza Campos.

Deformidades – Doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Bacilo de Hansen (mycobaterium leprae), que penetra no organismo através das vias respiratórias, a hanseníase ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. A doença não é hereditária nem mata. Porém, se não for tratada, pode levar a deformidades nas mãos e nos pés, além de causar cegueira.

A forma de transmissão se dá pelas vias aéreas. Uma pessoa infectada libera o bacilo no ar, criando a possibilidade de contágio. No entanto, a infecção dificilmente ocorre depois de um simples contato social. Ele deve ser íntimo e freqüente. O diagnóstico precoce é a melhor forma de combater a doença. “Quanto mais cedo for, menores serão as seqüelas para o paciente”, explica Milde Cavalcanti, coordenadora do Programa Municipal de Hanseníase.

Principais sintomas - Manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas com diminuição da sensibilidade. Dormentes, essas manchas não doem, não coçam e não incomodam. Por isso, muitas vezes elas passam desapercebidas, se localizadas em partes do corpo não freqüentemente observadas, como costas e nádegas;

Diminuição da sensibilidade ou formigamento de extremidades de mãos, pés e olhos, possibilitando ferimentos, queimaduras ou ulcerações sem dor e podendo levar a complicações, como infecções locais sem as pessoas sentirem dor e não procurarem assistência;

Diminuição ou perda de força muscular em mãos pés e pálpebras, levando à queda de objetos ou um andar arrastado ou o ressecamento dos olhos por não conseguir fechar as pálpebras direito.

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